terça-feira, 28 de setembro de 2010

GP de Cingapura - Cingapura 2010


Prezados colegas, Cingapura é mais lembrada pelo infeliz caso da Renault envolvendo o Nelsinho Piquet com o Briatore, favorecendo Mr Alonso, do que pela pista em si. Ao contrário do que força a transmissão da prova eu não acho NADA de bonito e espetacular no traçado do circuito. Na mesma ouvi algo do tipo “é possível ultrapassar!”, sim, é, quando um carro está totalmente sem pneus e o que vem atrás está com eles novinhos.

No treino meu destaque vai para Rubens Barrichello, sim, mais uma vez, pois com uma Williams fez uma volta espetacular ficando apenas a poucos décimos do Webber com as suas “asas”, conquistando um sexto lugar. Não, eu não sou torcedor fanático do Rubinho, como não sou torcedor fanático de nenhum piloto, mas eu respeito demais seus 18 anos de Fórmula 1. É sim uma referência na categoria e deve ser reverenciado demais por quem gosta de automobilismo, até porque, o futuro para os brasileiros é TENEBROSO! E talvez o Rubens seja último brasileiro em muitos anos a figurar entre os grandes piloto. Só para exemplificar, notem que o Senninha tomou DOIS segundos do Klien, que foi seu companheiro, isso mostra como nome não faz ninguém andar bem, para isso tem que ter talento, e parece que o Bruno só tem a parte final da palavra... lento.

 Rubens Barrichello

Na corrida, uma largada a lá Alonso, jogando o carro de forma acintosa para cima do Vettel e eu achei curioso os narradores não clamarem por punição, porque será? Se fosse o contrário lá vinha o papagaio falar que o garoto é um grande piloto, mas que precisa cabeça. Infelizmente, por essas reclamações sobre o jovem alemão é que, talvez, ele tenha comboiado um Alonso a prova toda, não atacando para conseguir a vitória. Lamentável. 

 Largaram! Ê Alonso!

Sobre o acidente do Hamilton com o Webber, eu achei totalmente normal, acidente de corrida. O Lewis tirou por fora e fez a curva, na cabeça dele, o australiano que recolhesse para não bater, não o fez, bateu e ponto. Isso é a F1! Eu acho o Hamilton um dos mais audaciosos pilotos e apóio totalmente sua atitude. Eu não quero ver trem nas corridas, se eu quiser ver isso eu vou aqui perto de casa, pago R$ 2,65 para entrar no Metrô e fico lá sentado o dia todo “apreciando”. Para completar, a manobra do Kubica, que para mim é o destaque individual do ano junto ao Barricas, foi exatamente igual a do piloto da McLaren, porém o Sutil recolheu para não bater. 

 Hamilton e Webber

Quanto a corrida, meus amigos, ela me deu sono, muito chata, muito sem alternativas. Nem os Safety Car deu emoção! A maior emoção foi a Lotus do Kovaleinen pegando fogo. E o narrador criticando o piloto finlandês porque não recolheu para os boxes, ainda bem! Imaginem se ele entrasse nos boxes com aquele carro pegando fogo!?!? Que pandemônio não poderia ser? Meu sonho é que a rede Globo colocasse uma tecla SAP habilitando eu assistir a corrida em som ambiente, sem narração, sem comentários. As informações que passam na tela já bastam! Já foi a época que a dupla dinâmica de narradores eram informativos e agradáveis. Mas a idade chega e com ela as coisas vão ficando mais difíceis. Narração eu não faço, mas comentários, Globo é só falar que e vou, ganhando ainda metade do salário deles... o que acha?

 Kovaleinen e sua Lotus In Flame

Brincadeiras a parte, Don Fernando Alonso deu um passo importantíssimo nessa reta final do campeonato. Está sim com pegada de campeão. É um piloto genial, talento não falta, o carro não faz mais curvas quadradas e está num melhor momento que as concorrentes. Não ficarei surpreso se vier o Tri do espanhol. Só faço uma ressalva, Alonso ganhando esse título só apimenta mais o papo sobre o jogo de equipe. Eu não sou contra, mas que a FIA deixe as regras mais claras, se pode, pode e ninguém reclame disso, se não pode, então que a punição seja de, pelo menos, a perda dos pontos. Ou, faça como a Indy, onde cada equipe tem quantos carros quiser, e existem sub-equipes dentro de cada time, com autonomia e independência. Lá também pode haver jogo de equipe, mas uma coisa é o companheiro fazê-lo com bom grado, outra é ser coagido a fazer. Não é Ferrari?

 Festa da Ferrari, e... que sorriso mais amarelo, hein Felipe?

Até Suzuka... nossa... 3 da madruga!!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

GP da Itália - Monza

GP da Itália – Monza

Monza... hum... minha pista favorita, o templo, veloz, curvas de alta e ultrapassagens o tempo todo! Ultrapassagens? Ah, desculpe estava relembrando os GPs de Monza na década de oitenta. Diferente das minhas outras colunas, essa eu inicio com um tema que é de vital importância para nós, fãs de F1. Domingo ficou nítido que a FIA precisa trabalhar para mudar de forma profunda a estrutura dos carros da F1, é frustrante ver um Alonso balançar a frente de sua Ferrari toda vez que chegava mais perto do Button na entrada da Parabólica, a exclusiva dependência aerodinâmica dos carros está estragando o espetáculo. Outro fator que tem que ser revisto, se é obrigado trocar de pneus para usar os dois compostos, que o mole seja realmente mole e o duro seja muito duro, que altere profundamente o rendimento dos carros, se não, pra que trocar? Só pela estratégia de boxes? Então obrigue a trocar independente de composto. E porque não liberar a obrigatoriedade, dois compostos completamente distintos deixariam as corridas emocionantes. E um ultimo fato, precisa limitar ainda mais os tanques dos carros, notem que até agora ninguém ficou a pé por pane seca. Pois é, limitando, as estratégias seriam mais pensadas (não somente sentar o pé que está ok), forçaria também  o desenvolvimento de motores com consumo melhor, que em tempos de ecologia seria excelente!

 Largaram!

Quanto a corrida, bela vitória do Mr Mandraque (desculpem eu procuro ser imparcial, mas em relação ao Alonso eu não consigo), a Ferrari demonstrou que tem um carro veloz e com motor forte, McLaren muito próxima, eu ainda acho que se o Button tivesse bem menos asa ia disparar, mas, ao contrário do que afirmou o narrador a prova toda eu não vi reinvenção nenhuma na forma de se ganhar em Monza. A Red tem um carro muito melhor em pistas mais sinuosas, onde mostra todo o real poder do mago da aerodinâmica.

 Fernando Alonso

Jenson Button

Lewis Hamilton perdeu a chance de abrir boa vantagem no campeonato, em uma prova como Monza, paciência na largada é bom, pois, pontos de ultrapassagem não falta, agora, precisa ter peito para fazer isso, devido ao problema que eu escrevi no primeiro parágrafo, mas o Lewis é dos poucos que tem.

Quanto aos brasileiros, o Massa fez, como de costume, uma corrida burocrática, não atacou seu companheiro, se contentou com o terceiro lugar. O Rubinho fez o que pode com sua Williams, mas pela prova do seu companheiro, o Hulk, a equipe mostra evolução, eu, particularmente, torço para que ela continue em 2011. O Di Grassi pouco se viu na prova (ah, Galvão, é Di Grassi e não Desgrassa – que feio isso seu Bueno!) e o Bruno Senna foi ainda menos visto.

Dessa vez pouco ou nenhum destaque, foi uma prova bem normal para um GP de Monza. Só o fato da Ferrari ter entrado na briga. Tudo pode acontecer no campeonato.

 Sebastian Vettel

Para terminar, o que o Galvão tem contra o Vettel? Será que ele andou apostando nele para ser campeão nas casas de apostas da Europa? Eu não sei o que o alemãozinho fez de tão ruim assim para ele pegá-lo para Cristo, muito pelo contrário acho um dos personagens positivos da temporada, não é burocrático, vai para a briga, faca nos dentes e seja o que for. O que eu adorei é que e estratégia de parar na penúltima volta deu certo, calando o narrador. Repito personagem positivo da temporada ao lado do Kubica, Barrichello, Kobayashi e Hamilton.

 Robert Kubica

Desculpem pelo post não muito animado, mas é dose ver Monza ser maltratada dessa forma.

Até Cingapura!!