Prezados amigos, o GP do Brasil sempre é especial, além de ser em nosso país, tem uma pista das mais fantásticas – eu achava bem mais espetacular com o traçado original – e sempre trás alternativas inusitadas.
O fato inusitado desse ano aconteceu nos treinos com o Nico Hulkenberg fazendo uma pole position de tirar o fôlego! Aproveitou muito bem a oportunidade de andar com pneus slick na pista que secava. Como bem lembrou o Galvão (estão vendo, não sou só criticas ao imortal da narração), essa pole nos faz relembrar a primeira do Rubinho, nas circunstâncias parecidas, porém em uma Jordan que não tinha a evolução dessa Williams.
Hulkenberg e sua Williams
Na corrida, a largada decisiva para Vettel vencer a prova, arrojado partiu para cima do Hulk logo na primeira curva e não saiu mais da liderança. Webber assumiu a segunda posição no final da reta oposta e Alonso após algumas voltas.
Largada!!!
Daí em diante, confesso que achei a prova chatíssima! Nem a batida do Liuzzi com a entrada do Safety Car deu mais emoção. Sim, muitas ultrapassagens, com um Felipe Massa arrojado indo para cima, tocando, saindo e dando show, mas foram alternativas apenas entre pilotos que não disputam mais nada, pois o que eu queria ver é menos burocracia na disputa.
Destaco também a corrida de um personagem discreto, Jenson Button, largou em 11º e chegou em 5º, com uma estratégia de corrida eficiente e inteligente. Só o fato VERGONHOSO, a tentativa de assalto ao mesmo, ser ladrão já é algo abominável, agora, queimar o filme de São Paulo e do Brasil tentando assaltar a F1?!?!?!? Vá roubar político, seus safados! Logo que se conseguir roubar alguém desse meio terá 100 anos de perdão!
Dos brasileiros, bom, todos foram mal, a Ferrari pisou na bola com o Felipe, mais uma vez, em errar feio nas trocas de pneus, e o mesmo acontecendo com o Barrichello. Lamentável. O Rubinho ainda conseguiu ser o melhor dos brazucas, mas não é feito para se comemorar. Os demais, também é lamentável, o Di Grassi sofre em uma equipe aventureira que mais parece estar na F1 para promover os negócios do chefe. O Bruno Senna, está na pior equipe, e não mostra ser também lá muito superior aos companheiros que teve, e das duas corridas que disputou ao lado do Klien tomou um temporal do companheiro em treinos, em corrida nem dá para ter muita referência com esse carro, pois tudo pode acontecer com ele ao longo de uma prova. Particularmente eu tenho uma simpatia pelo Bruno, acho que ele tem um astral completamente distinto do tio, é muito mais simpático, parece ser uma boa pessoa (o que eu também acho um problema), mas eu sou realista, não descarto ele se dar bem na F1 pois tem moral de ter um sobrenome com moral no meio, mas para isso terá que estar em uma equipe de ponta, e com um companheiro de equipe que seja equivalente ao Dunfries (lembram dele, que foi companheiro do Ayrton em 86) e não um como o Angelis (companheiro em 85), pois se não a coisa complica para o lado dele.
Campeonato ainda aberto mas, particularmente, eu acho que está no COLO do Fernando Alonso. Isso devido mais a grandiosidade esportiva da Red Bull do que por méritos próprios do piloto e de sua equipe. 2010 só chega com disputa na última prova porque a Red não fez o que sempre faz a Ferrari, caso contrário, Vettel já estaria com a mão na taça, só pela vitória que escapou de suas mãos na Turquia. Mas eu acho muito mais bonito a forma da Red Bull de encarar o esporte do que da Ferrari.
Vettel e sua Red Bull comemoram a vitória
Para terminar o momento mais importante do domingo em Interlagos. A volta do Deus das pistas, Emerson Fittipaldi, com sua Lotus 72. Surreal!!!! Emerson que foi duas vezes campeão na F1, uma vez campeão da Indy e vence a Indy 500 DUAS vezes (em uma época que a prova era dominada pelos norte-americanos como o mestre Rick Mears).
Festa da equipe campeã!!
E que venha Abu Dhabi no próximo final de semana!