Andreas Nikolaus Lauda é o nome de batismo do grande piloto austríaco NIKI LAUDA.
Lauda começou sua carreira em 1971 na fórmula 1 a bordo de um medíocre March.
Lauda e sua March
Em 1972 e 73 pilotou pela equipe BRM. Em 1974 estreou pela equipe Ferrari, coincidentemente no ano em que conheci o trabalho desse fantástico piloto. Eu tinha na época 7 anos de idade e já curtia a F1 por causa do Emerson, mas o jeito dos carros que Lauda pilotava se moviam na pista me mostravam que ele tinha algo de diferente dos demais pilotos. Todos os pilotos que entram na F1 tem seus méritos e merecem estar lá de alguma maneira, mas Lauda era DIFERENCIADO. Não me perguntem como eu vi isso, mas era verdade e ele provou nas pistas essa tese.
O ano de 1974 foi mais um aprendizado de Lauda em como pilotar uma Ferrari e se adaptar ao estilo italiano de trabalho. Mesmo assim ele ganhou corridas e em algum momento chegou a sonhar com o título.
Mas foi em 1975 que Lauda deu um show no campeonato, sagrando-se campeão pela 1ª vez.
Formou com Clay Regazoni talvez a maior dupla de pilotos da história (levem em consideração que sou fã de Lauda ao extremo).
Em 1976, Lauda dava outro show quando inexplicavelmente sua Ferrari bate contra o muro e se incendeia em Nurburgring. Após a batida e a volta do carro destruído e em chamas para a pista, da-se a impressão que Lauda esta consciente e vai sair do carro, mas um outro piloto bate no carro dele. Nessa altura meu mundo também virou cinzas, pois as chamas eram muitas e de difícil controle. Parei de comer direito, de ir a escola, de assistir corridas (sem Lauda, assistir pra que se o melhor do mundo não estava lá), enfim, perdi o gosto pela vida. Meus pais me levaram a um psicólogo, mas não conseguiram descobrir nada, pois eles não gostavam e não gostam de corridas e não sabiam dessa minha tristeza.
O ano de 1974 foi mais um aprendizado de Lauda em como pilotar uma Ferrari e se adaptar ao estilo italiano de trabalho. Mesmo assim ele ganhou corridas e em algum momento chegou a sonhar com o título.
Mas foi em 1975 que Lauda deu um show no campeonato, sagrando-se campeão pela 1ª vez.
Formou com Clay Regazoni talvez a maior dupla de pilotos da história (levem em consideração que sou fã de Lauda ao extremo).
Em 1976, Lauda dava outro show quando inexplicavelmente sua Ferrari bate contra o muro e se incendeia em Nurburgring. Após a batida e a volta do carro destruído e em chamas para a pista, da-se a impressão que Lauda esta consciente e vai sair do carro, mas um outro piloto bate no carro dele. Nessa altura meu mundo também virou cinzas, pois as chamas eram muitas e de difícil controle. Parei de comer direito, de ir a escola, de assistir corridas (sem Lauda, assistir pra que se o melhor do mundo não estava lá), enfim, perdi o gosto pela vida. Meus pais me levaram a um psicólogo, mas não conseguiram descobrir nada, pois eles não gostavam e não gostam de corridas e não sabiam dessa minha tristeza.
A Ferrari 312 T2 do acidente
Talvez o dia mais triste de toda da F1
Com o passar dos dias, eu ainda estava muito triste e sem me alimentar direito, pois para mim o deus do automobilismo Niki Lauda havia partido para sempre, e como ele é austríaco e eu moro no Brasil, as notícias do dia a dia dele não eram muito interessantes para o nosso povo.
Meu pai gosta muito de música e ele tem um ouvido diferenciado. Nos domingos de manhã costumava passar um programa chamado Concerto para Juventude. Acabava o programa e lá vinha a F1, mas sem Lauda eu não estava nem ai. Meu pai se distraiu e não desligou e nem trocou de canal, simplesmente saiu da sala e me deixou só por uns instantes com a TV ligada. A corrida que ia passar era o grande prêmio da Itália de 1976, eu disperso e sem prestar muita atenção, não via nada e mal ouvia a TV, mas algo mexeu comigo. O narrador anunciava que Lauda estava no grid de largada em 4º lugar se não me engano. Sai correndo para a cozinha e pedi um belo café da manhã para minha mãe e pedi que ela se apressasse, pois iria começar a corrida e Lauda, estava pronto para mais uma largada. Passei até mal de tanto comer para recuperar as forças, mas assisti sem perder um lance. Ele não venceu aquela corrida e nem o campeonato. Que importa? Ele havia vencido a mais brilhante de todas as corridas que alguém pode vencer, a corrida contra a morte. Depois dessa vitória Lauda ficou marcado como um piloto que aprendeu a respeitar e amar mais a vida, ficou mais sensível e humano, despertou admiração mundo afora e é considerado um dos maiores da história da F1. Ali podia acabar a carreira do maior de todos os pilotos (lembrem-se que sou fanático pela carreira dele), mas ele tinha algo mais a nos mostrar.
Existe um consenso geral na F1 de que se Lauda não tivesse sofrido esse acidente, seria ele a bater Jangio em números de títulos. Mas Deus queria nos dar um Lauda mais humano e respeitoso pela vida. Esse acidente trouxe, na minha opinião, um Lauda mais fantástico do que aquele que só sabia acelerar e acertar carros (até hoje o maior e melhor acertador da categoria).
Curiosidades sobre Niki Lauda:
- Foi companheiro de equipe de grandes feras: Ronnie Peterson, Nelson Piquet, Clay Regazoni, Alain Prost, John Watson e Carlos Reuteman.
- Pilotou o carro mais perfeito da categoria, o Brabham BT46 Funcar. 1 corrida e 1 vitória em 1978 na Suécia.
Brabham BT46 Fun car 1978
- É ídolo de várias gerações
O garoto sentado no carro do Lauda se chama Jarno Trulli
- Piquet é um grande acertador de carros e faz questão de dizer que aprendeu com Lauda.
Nelson Piquet e Niki Lauda
- Andar na frente de Lauda era pavoroso, pois ele simplesmente sumia dos retrovisores, e quando você achava a imagem dele de novo, já era tarde demais para evitar a ultrapassagem.
Famoso casco do tempo de Ferrari
Poderia falar muitas coisas mais de Lauda, mas voltarei em outra ocasião com mais histórias desse fenômeno e lenda viva do automobilismo.
Até
